Por G1


Os pontos brancos mostram interação do vírus da zika com células saudáveis. Pesquisadores analisaram a infecção nessas estruturas. — Foto: Cincinnati Children's Hospital

Estudo publicado nesta quinta-feira (16) no "PLOS Pathogen" mostra que uma infecção primária assintomática por zika garante imunidade no caso de uma segunda infecção. O estudo foi feito em cobaias grávidas. Quando re-infectadas, cientistas constaram efeitos protetivos do primeiro contágio que ajudaram a prevenir anomalias em fetos.

Os achados foram publicados dias depois de outra pesquisa mostrar que também uma infecção prévia com o vírus da dengue pode proteger contra uma infecção por zika. A pesquisa foi publicada na segunda-feira (13) na "Nature Communications".

O estudo da "PLOS" teve como primeira autora Lucien Turner, do hospital especializado em crianças de cincinnati (Estados Unidos). Parte das cobaias foi infectada previamente antes da gravidez e, quando engravidaram, ficou constatada a proteção adicional em comparação com aquelas não infectadas previamente.

"Mostramos que a imunidade por infecção assintomática antes da gravidez protege contra a re-infecção, com redução da vulnerabilidade dos tecidos da mãe e do feto ao zika", disseram os autores.

Ainda, após a exposição ao zika, pesquisadores analisaram o tecido das mães de camundongos e de seus fetos. Eles encontraram níveis significativamente mais baixos de RNA do zika nos tecidos de cobaias previamente infectadas, bem como no feto desses animais. Também esses tecidos continham anticorpos específicos para o vírus da zika.

O anúncio reforça o potencial de pesquisas que estão em busca de vacina anti-zika. Em 2018, o Instituto Evandro Chagas, no Pará, uma das instituições em busca de uma vacina contra o vírus, deve começar estudos em humanos. O imunizante já demonstrou ação protetora em camundongos e em primatas.

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