• Por Rafael Farias Teixeira
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Mike Ajnsztajn, um dos cofundadores da Aceleratech, anuncia sua expansão para quatro cidades brasileiras (Foto: Divulgação)

Mike Ajnsztajn, um dos cofundadores da Aceleratech, anuncia sua expansão para quatro cidades brasileiras (Foto: Divulgação)

“Quem faz uma boa apresentação vende neve até para esquimó”. Foi com essa frase que Mike Ajnsztajn, cofundador da Aceleratech, iniciou no Brasil o segundo Demo Day da aceleradora, nesta quinta-feira (06/02) em São Paulo.

O evento mostrou ao mercado 10 novas startups brasileiras. Todas elas passaram, nos últimos quatro meses, por um programa de mentorias e aulas na Aceleratech. E hoje, no evento, as empresas nascentes tiveram que apresentar seus modelos de negócios para uma plateia de convidados e investidores.

Neste ano, a grande diferença na hora da seleção veio na hora de avaliar o estágio de desenvolvimento das participantes. “Nós não procuramos mais startups com apenas uma ideia em uma apresentação no PowerPoint”, afirma Ajnsztajn. “Elas já precisam ter um protótipo, um site ou até mesmo clientes.”

Outra preocupação com essa segunda turma, diz Ajnsztajn, foi encontrar times que já tinham um membro que cuidasse da parte de tecnologia. No primeiro grupo de startups, a própria Aceleratech tentou achar os CTOs para aquelas que ainda não os tinham, mas não funcionou muito bem. “Nós acreditamos que as startups têm mais chances de sucesso quando suas equipes têm três membros: aquele visionário, representado pelo CEO, a pessoa de vendas e marketing e o responsável por tecnologia”, diz Ajnsztajn.

Em dois programas de aceleração, a Aceleratech recebeu 600 inscrições e acelerou 21 startups. As duas turmas totalizaram 30 prêmios em concursos e eventos do setor. Duas do primeiro grupo de empresas conseguiram investimentos; e 70% delas já faturam alto com serviços e produtos.

Abaixo você confere um resumo das 10 startups da segunda turma da Aceleratech. As inscrições para a terceira turma já começaram e podem ser feitas aqui.

1. Eventick
Plataforma de organização de eventos e vendas de ingressos, ela se propõe a oferecer um canal de comunicação mais próximo entre empresa e clientes. Com dois anos de vida, já vendeu mais de 160 mil ingressos e movimentou cerca de R$ 5 milhões em transações.

2. Profes
Marketplace que permite que usuários vendam aulas particulares, presenciais e online. Aberta em 2012, a plataforma já possui quatro mil professores e 13 mil usuários cadastrados. Nas sessões virtuais, professor e aluno podem usar recursos como chat e lousa digital. A empresa fatura com percentuais de cada aula vendida.

3. Tem erro?
Serviço web que identifica erros nas faturas telefônicas, automatizando a contestação e devoluções de valores. A startup quer se concentrar no mercado de pequenas e médias empresas e faturar com a cobrança de mensalidades.

4. Love Mondays
Plataforma social para avaliação de empresas, na qual depoimentos de funcionários são recolhidos anonimamente. Assim, candidatos podem ter noções do clima de cada local antes de aceitar uma proposta de emprego. A ideia é criar o costume e a necessidade por um employer branding: trabalhar a imagem da empresa em relação aos seus possíveis membros. Em dois meses, a startup já tem quatro mil usuários cadastrados e 700 avaliações. 

5. VaiVolta
Marketplace especializado em locação de materiais e equipamentos para construção civil. Sua plataforma conta com um sistema de avaliação de empresas, inventário para as locadoras e calendário para organizar necessidades e dias de obras para as construtoras. Atualmente possui 40 fornecedoras cadastradas e já recebe 43 pedidos de orçamentos por dia.

6. Kaplen
Ajuda estabelecimentos comerciais a controlar as suas vendas e recebimentos de valores em cartões de crédito e débito. Em sua plataforma, clientes podem analisar todas as transações feitas e economizar tempo. A startup já está trabalhando com 300 empresas e espera chegar a cinco mil clientes até 2015.

7. Adlayer
A empresa oferece tecnologia para gestão de mídia online, ajudando seus usuários a escolher as melhores opções de publicidade digital. Ela também oferece uma ferramenta de monitoramento de resultados em tempo real.

8. Timobox
Ferramenta que visa melhorar as vendas e pedidos entre indústrias e seus clientes, diminuindo um processo que pode levar de dois a sete dias. Primeiramente, está atuando no setor calçadista. 

9. MobGeek
Plataforma virtual de ensino que se propõe a ensinar programação para leigos. No ar com sua versão beta, a startup espera faturar com modelos de assinatura que variam de acordo com o número de vídeos disponibilizados.

10. Motonow
Solução mobile para contratação de motoboys. A ferramenta tenta otimizar o tempo de cada entrega e a startup só trabalha com funcionários regularizados como microempreendedores individuais. O modelo de faturamento é por comissão por cada entrega feita e parcerias com empresas.