• Bruno de Lima
Atualizado em
João Costa e Adhemar Milani são fundadores da startup Kovi.  (Foto: Divulgação)

João Costa e Adhemar Milani são fundadores da startup Kovi. (Foto: Divulgação)

Segundo um levantamento do IBGE, aplicativos como Uber e iFood são fonte de renda para cerca de 4 milhões de brasileiros. Por serem autônomos, esses trabalhadores precisam arcar com todos os custos necessários para desempenhar a atividade – incluindo o veículo utilizado. Mas e quem não tem carro? Foi tentando ser a resposta para essa pergunta que o empreendedor Adhemar Milani criou a startup Kovi.

Fundada no final de 2018, a empresa aluga carros para motoristas de aplicativos.

Segundo Milani, além de possuir um atendimento personalizado para esse tipo de atividade, a startup se destaca por conta dos seus preços mais competitivos.

Para passar uma semana com o veículo, o cliente precisa pagar R$ 369 – valor que, de acordo com o empreendedor, seria de 5% a 10% mais barato do que locadoras tradicionais.

Os aluguéis podem ser feitos por meio do aplicativo ou do site da empresa. No momento do cadastro, um "pagamento de segurança" de R$ 800 deve ser feito para começar a utilizar o serviço.

Os usuários também precisam apresentar um comprovante de antecedentes criminais e de residência, documentos de identificação e uma foto da garagem onde o veículo será guardado. 

O cadastro também precisa ser aprovado por uma equipe de análise de risco.

Kovi (Foto: Divulgação)

A startup Kovi lucra alugando carros para motoristas de aplicativos. (Foto: Divulgação)

Milani conta que a proposta da Kovi foi bem recebida pelos motoristas. Atualmente, cerca de 800 pessoas contratam o serviço com regularidade. A empresa optou por não divulgar seu faturamento.

E de onde veio a ideia?
Adhemar Milani foi um estudante inquieto. Enquanto cursava engenharia mecânica, ele sentiu a necessidade de achar outras atividades para ocupar seu tempo livre – e a empresa júnior de sua universidade se mostrou uma oportunidade perfeita para isso. "Foi nela que ele senti pela primeira vez o gostinho do que é ser um empreendedor", diz.

Mas a ideia do que viria a ser a Kovi só surgiu muito tempo depois, quando ele trabalhava como diretor da 99. Na época, ele percebeu que muitas pessoas gostariam de trabalhar nesses aplicativos, mas não possuíam veículo próprio. Milani também conta que o preço e burocracia das locadoras tradicionais acabavam desestimulando esses trabalhadores.

Foi então que resolveu colocar a mão na massa. O primeiro passo tomado foi procurar investidores entre os fundadores de grandes startups de mobilidade e delivery. De contato em contato, o empreendedor conseguiu um aporte de US$ 800 mil (cerca de R$ 3,2 milhões) para começar a tocar a empresa.

Era hora de buscar os carros.

Kovi (Foto: Divulgação)

Atualmente, a Kovi conta 50 colaboradores e está sediada em São Paulo. (Foto: Divulgação)

Um 2019 otimista
Os carros disponibilizados pela Kovi são resultado de contratos com outras locadoras e montadoras. Essas parcerias funcionam como aluguéis, onde a startup paga um valor para usar os veículos por determinado período de tempo. Todos eles são sedãs padronizados, podendo ser usados apenas nas categorias básicas dos aplicativos.

Localizada em São Paulo, a empresa passou pelo programa de aceleração da Y Combinator e atualmente tem cerca de 50 colaboradores. Mas esse número pode mudar, já que 2019 é encarado com otimismo. Para Milani, o ano deve ser de escalada e consolidação da Kovi no mercado.

A expectativa é conquistar 8 mil clientes durante o período, gerando um faturamento de cerca de R$ 7 milhões. Uma nova rodada de investimentos também foi realizada este ano. Nela, a empresa captou US$ 10 milhões (cerca de R$ 40 milhões) em investimentos.