• Redação Galileu
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Primeira vacina contra o vírus Ebola é aprovadas na Europa (Foto: Flickr/Creative Commons)

Primeira vacina contra o vírus Ebola é aprovadas na Europa (Foto: Flickr/Creative Commons)

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) aprovou, no último dia 11 de novembro, a primeira vacina contra o vírus ebola. O medicamento, batizado de Ervebo, foi desenvolvido pela farmacêutica americana Merck Sharp and Dohme (MSD).

Esta é a primeira vez que um medicamento contra a doença passa pela comissão europeia – o que significa que ele poderá ser armazenado e distribuído. "Essa é uma vacina com enorme potencial", disse Seth Berkley, membro da EMA, em comunicado. "Ela já foi usada para proteger mais de 250 mil pessoas na República Democrática do Congo e pode muito bem tornar grandes surtos de ebola uma coisa do passado."

Embora várias outras vacinas contra o ebola estejam em desenvolvimento, a Ervebo é a única que foi testada durante um surto da doença – e se mostrou muito eficaz na prevenção de infecções. O medicamento foi patenteado pela primeira vez em 2003, e foi administrado em caráter emergencial para conter o surto em curso na República Democrática do Congo, onde 2 mil pessoas morreram desde o início de 2018.

Mas esta não foi a primeira vez que o vírus da doença aterrorizou um país africano. Entre 2014 e 2016, quase 12 mil pessoas morreram vítimas da doença – que tem taxa de fatalidade de 50%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Felizmente, o novo medicamento possibilitará que milhares de pessoas sejam protegidas da doença, que é altamente contagiosa. Dentre os que receberão a vacina estão 60 mil profissionais de saúde na República Democrática do Congo e em países vizinhos.

Para David Heymann, epidemiologista da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, essa é uma ótima notícia, mas o trabalho continua. “A mensagem é que a pesquisa não está concluída. Deve continuar ”, ressaltou à revista científica Nature.

"É realmente importante continuar estudando e desenvolvendo as vacinas de segunda e terceira geração." Segundo ele, aperfeiçoar esse medicamento é essencial para garantir uma imunização mais duradoura aos vacinados e facilitar a estocagem do produto.