O avião da LaMia prefixo CP-2933 que caiu com a delegação da Chapecoense, modelo Avro RJ85, é visto em foto de arquivo de setembro de 2015 em Norwich, na Inglaterra — Foto: Matt Varley/Reuters

O governo boliviano disse nesta terça-feira (20) que o piloto e a companhia aérea LaMia foram os responsáveis pela queda do avião com o time da Chapecoense, em Medellín, na Colômbia, que terminou com a morte de 71 pessoas e deixou 6 feridos.

"A primeira conclusão é que a responsabilidade direta pelo acidente é da empresa (LaMia) e o piloto (Miguel Quiroga)", disse o ministro de obras públicas da Bolívia, Milton Claros, segundo o jornal "El Deber".

De acordo com o governo boliviano, o estado "assumiu ações contra funcionários públicos que não realizaram seu trabalho", além de medidas legais contra a empresa aérea e seus funcionários. Outra medida foi uma nova vigilância em todo o sistema aeronáutico da Bolívia para evitar acidentes.

Plano de voo
O plano de voo previa uma rota direta entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín. Essa opção da tripulação será objeto de apuração pelos investigadores colombianos. Isso porque a autonomia da aeronave, cerca de 3.000 km, era quase a mesma da distância entre as duas cidades. A legislação boliviana obriga um avião a ter combustível suficiente para chegar ao destino, a um aeroporto de alternativo e ainda mais 45 minutos de voo em altitude de cruzeiro.

Sobreviventes
A aeronave bateu contra o solo numa montanha e perdeu a cauda. Depois as asas e a cabine impactaram do outro lado da montanha. O avião bateu em baixa velocidade contra a montanha, 250 km/h, o que permitiu ter havido sobreviventes --que estavam em posições diferentes da cabine de passageiros.

O avião havia sido fretado pela Chapecoense. Levava atletas, dirigentes, jornalistas e convidados para a partida contra o Atlético Nacional, pela final da Copa Sul-Americana.

Veja a lista de mortos na tragédia, que inclui 19 atletas e 21 jornalistas.

Arte acidente Chapecoense — Foto: Editoria de arte/G1

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