Um mapa de profissões do futuro

Medicina, Direito e Engenharia. O tempo passa o tempo voa e muita gente ainda acha que um jovem precisa fazer um desses três cursos superiores para ser feliz e juntar uma grana na vida. Se a pressão por essa escolha vem da família, pior: frente a um mar de possibilidades, com profissões as mais diversas, bate uma ansiedade monstra de ter apenas alguns caminhos apontados como certos. Isso, logo depois do turbilhão do Enem.

Mas não se desassossegue, a Estácio e a Vice vão acender uma luz no fim do túnel para você. Separamos dez carreiras com futuros – e presente – promissores. Mais do que um curso, no entanto, aqui falamos sobre destinos. Estas são áreas de trabalho onde os profissionais chegam por caminhos diversos; ou seja, a ideia é mirar lá na frente e começar a guiar os estudos na faculdade para chegar ao objetivo um dia.

Então, se você ainda está confuso com a escolha do curso, dá uma olhada nessas opções e vê se algo chama sua atenção. Só fica esperto: não inventa de estudar algo que soa desinteressante para você só por questões financeiras. Com tanta opção pela frente, abre a cabeça para o mundo.

Biotecnologista: da lista, estes são os que mais parecem com o clichê de um cientista, ou seja, especialista que usa conhecimentos em biologia e química, aliados à tecnologia, para desenvolvimento de produtos, aprimoramento de processos industriais, controle de qualidade de alimentos, etc. Estes profissionais são responsáveis, por exemplo, pelo aprimoramento genético de espécies cultivadas pelo agronegócio.

E como chega lá? Biotecnologia, Ciências Biológicas, Engenharia de Bioprocessos, Engenharia Biotecnológica, entre outros cursos.

Cientista de dados: não, não estamos falando dos dadinhos de seis lados que você usa para jogar Banco Imobiliário. Dados, nesse contexto, são informações variadas sobre qualquer coisa. Sua idade é um dado sobre você. Onde nasceu é outro. O fato de estar prestes a entrar no curso superior, mais um. O cientista de dados é a pessoa qualificada para sistematizar essas informações (que também podem ser sobre coisas, lugares, etc.), lê-las, interpretá-las e chegar a conclusões a partir delas. Isso é aplicável na gestão pública, publicidade, indústria, etc. Não é à toa que a “The Economist”, uma das principais revistas sobre assuntos ligados à grana do mundo, disse que os dados são o petróleo do século XXI.

E como chega lá? Cursos de Estatística, Matemática e Física são bons pontos de partida. Algumas Engenharias, Sistemas de Informação, Ciências da Computação e até mesmo Psicologia (com uma abordagem diferente) também permitem seguir esse caminho.

Consultor financeiro: o endividamento das pessoas físicas atingiu um patamar recorde em 2017 no Brasil: segundo estimativa da Serasa, 61 milhões dos brasileiros devem uma grana. Um fator que explica isso é a crise atravessada pelo país, outro é a dificuldade em fazer um planejamento financeiro adequado. Um consultor financeiro é justamente o profissional que trabalha junto com famílias para orientá-las na melhor maneira de gerir o dinheiro. Como se fosse um terapeuta, mas no lugar de cuidar da saúde da cabeça, zela pela do bolso.

E como chega lá? Ciências Contábeis e Economia são as escolhas óbvias, mas Administração de Empresas pode ser uma boa opção. É necessário ser registrado em órgãos da categoria, como o Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).

Designer de games: os profissionais responsáveis por criar os joguinhos que fazem a alegria da galera nos celulares, consoles e computadores. Joguinhos, no diminutivo, só aqui no texto mesmo: esse mercado já movimenta mais grana do que Hollywood e há demanda por pessoas qualificadas para atuar na área, nas partes de desenvolvimento, arte e roteiro.

E como chega lá? Design de Games, Jogos Digitais, Tecnologia em Jogos Digitais – os nomes variam, a ideia é semelhante. A área, no entanto, também comporta formandos de Ciências da Computação e outros com backgrounds ligados a criação artística e narrativa.

Gestor de logística: esses profissionais ajudam a reduzir os custos de uma operação comercial e a tornam mais eficiente. Em outras palavras, eles trazem ordem ao caos de compras, vendas, distribuição e estocagem de produtos. É uma área em transformação, com inovações tecnológicas mudando a forma como fábricas e centros de distribuição funcionam.

E como chega lá? Logística e cursos semelhantes, como Gestão Logística e Tecnologia em Logística. Algumas Engenharias, como de Produção, são alternativas.

Gestor de resíduos: essa é para gosta de meter a mão na massa, mesmo que a massa seja lixo. Os gestores de resíduos são os profissionais responsáveis por criar estratégias para lidar com os lixos produzidos por empresas – assim como por pessoas. Isso inclui identificar oportunidades e melhores técnicas de reciclar o que pode ser reciclado, assim como dar o melhor destino possível para o que não pode.

E como chega lá? Não há graduações específicas para a área – em geral, os profissionais se especializam em pós-graduações. O primeiro passo pode ser dado a partir de carreiras ligadas a logística ou biológicas.

Marketing digital: quem não se comunica se trumbica!, como diria o Chacrinha. Mas enquanto na época desse cara, que talvez você nem conheça, quem mandava eram rádio e TV, hoje para aparecer é preciso estar na internet. E os profissionais que trabalham com marketing digital são os responsáveis por fazer isso de uma forma bem-feita. Dentro do campo, há um universo de atividades, desde o monitoramento do desempenho de campanhas, estratégias para aparecer melhor em pesquisas nos buscadores, produção de conteúdo para redes sociais e por aí vai.

E como chega lá? Marketing, Publicidade e Propaganda e cursos relacionados à comunicação em geral, como Jornalismo. Administração e mesmo Análise de Sistemas são outras possibilidades.

Professor: não precisa explicar o que faz um professor, certo? A profissão pode não ser das mais prestigiadas ou oferecer as melhores perspectivas de ganhos salariais, mas é essencial. Desde os tios e tias que cuidam de bebês em idade pré-escolar até os que vão ensinar você durante o curso superior, professores são pilares na formação de qualquer ser humano. É uma carreira nobre.

E como chega lá? Cursos de licenciatura de áreas puras, como História, Física, Português, entre outros, têm formação voltada para docência. Pedagogia oferece um entendimento mais amplo da prática. No fim do dia, um professor pode sair de qualquer graduação.

Programador: já há quem diga que, antes de aprender uma segunda língua, hoje as crianças precisam aprender a programar. Faz sentido: dos apps do celular até os bilhetes únicos do transporte municipal, é difícil imaginar qualquer aspecto da vida moderna que não tenha um dedinho de um programador no meio. Por isso mesmo, a demanda por profissionais capazes de trabalhar com códigos de desenvolvimento de softwares é incessante.

E como chega lá? Ciências da Computação, principalmente. Sistemas de Informação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão em Tecnologia da Informação – são todas alternativas. Na Engenharia da Computação, por outro lado, o foco é no hardware.

Saúde para terceira idade: a pirâmide etária (já está com saudades da escola?) brasileira está mudando e a perspectiva é de que a parcela idosa da população triplique até 2050, segundo o IBGE. Uma boa notícia que traz, como consequência, a necessidade de profissionais especializados com o cuidado de velhinhos e velhinhas. Isso inclui desde médicos especializados até cuidadores, assim como pesquisadores dedicados a estudar temas correlatos.

E como chega lá? Medicina, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Educação Física – é só se especializar de maneira adequada. Há, inclusive, cursos superiores de Cuidador de Idosos e de Gerentologia, o estudo do envelhecimento.