• Redação Galileu
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Não se sabe exatamente qual a fisionomia de Maria Firmina dos Reis, imagens que chegaram aos dias de hoje são apenas especulações (Foto: Wikimedia Commons)

Não se sabe exatamente qual a fisionomia de Maria Firmina dos Reis, imagens que chegaram aos dias de hoje são apenas especulações (Foto: Wikimedia Commons)

Há quase dois séculos, em 1825, nascia em São Luís, no Maranhão, Maria Firmina dos Reis. Ela entrou para a história da literatura brasileira por ser a primeira romancista do país. 

Ela começou a carreira como professora e levou anos para conseguir publicar seu primeiro e mais importante livro, Úrsula. Isso porque, além de ser mulher, Maria Firmina dos Reis era negra, e a escravidão ainda imperava no Brasil.

Úrsula foi publicado em 1859 e se tornou relativamente popular à época, não apenas por conta da autora, mas também por sua narrativa. O livro relata a perversidade da escravidão e a realidade do Brasil do ponto de vista dos negros.

Isso era inédito até então, já que a maior parte dos escritores reconhecidos eram brancos ou narravam a vida da parcela mais rica e escravocrata da população. Quando Maria Firmina dos Reis apresentou os escravos como figuras humanizadas, sua obra apresentou uma ruptura importante.

O trabalho da escritora ficou esquecido até meados dos anos 1960, quando um historiador encontrou um de seus livros em um sebo e o trouxe à luz novamente. Ainda assim, até hoje a fisionomia de Maria Firmina dos Reis é um mistério: todas as imagens que se tem dela são apenas especulações.