• Redação GQ
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Warren Buffett, um dos investidores mais bem sucedidos de todos os tempos, esconde detalhes a respeito de quem ficará com seu cargo (Foto: Alex Wong/Getty Images)

Warren Buffett, um dos investidores mais bem sucedidos de todos os tempos, esconde detalhes a respeito de quem ficará com seu cargo (Foto: Alex Wong/Getty Images)

Warren Buffett deu mais uma dica sobre um dos segredos mais bem guardados do mercado americano: quem vai sucedê-lo como diretor-executivo na Berkshire Hathaway, um dos maiores conglomerados do mundo, que controla mais de 60 empresas de ramos diversos, como Duracell, Dairy Queen e Fruit of the Loom.

O diretor de operações de resseguros Ajit Jain e Greg Abel, diretor de negócios relacionados a eletricidade, são os novos nomes cotados para a vaga desde que foram promovidos na última quarta-feira (10) para novos cargos de gerência mais próximos de Buffett. 

"Eles são os dois personagens chave na Berkshire", disse o diretor-executivo do conglomerado em conversa com a CNBC na quarta-feira.

Ajit Jain, 66, foi nomeado vice-presidente de operações de seguro. Na reunião anual da empresa no ano passado, Buffett chegou a comentar que Jain "fez muito mais dinheiro para a Berkshire do que eu". Nada mal para quem aceitará uma responsabilidade e tanto: companhias de seguro como a Geico, segundo aponta a Dow Jones, contribuem com algo em torno de US$ 100 bilhões para o fundo que a Berkshire usa para investir em ações de companhias abertas.

Greg Abel, 55, fica com a vice-presidência de operações comerciais, uma fatia também essencial para a empresa. Em 2016 (dados mais recentes disponíveis), ela gerou 80% de todo o lucro da Berkshire. Abel tem raízes no mercado de geração de energia, tendo trabalhado na então denominada MidAmerican Energy Holdings, em Iowa. Para o conglomerado, ele trouxe a maior usina de eletricidade de Nevada em 2013, um negócio fechado em US$ 5,6 bilhões.

Buffett se mantém reticente quando o assunto é sua sucessão, e chegou a comentar para a CNBC que não vê Jain e Abel em uma corrida pelo primerio lugar. Além do quê, muito pode mudar no interim. No comando da Berkshire desde 1965, o diretor-executivo deve seguir em seu cargo por mais algum tempo. Pressa não é exatamente a pegada de Buffett que, em 2017, viu todas as suas ações (Wells Fargo & Co., Bank of America, American Express,  Moody’s Corp., MasterCard e Visa) valorizarem em 2017. Aos 87, no entanto, ele garante: "10 anos seria tempo demais" para continuar no volante da Berkshire.