• Por Carlos Martins
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Nesta coluna, gostaria de abordar um conceito em que acredito muito, mas que você não encontrará em livros de gestão nem aprenderá nas melhores faculdades de negócios. Esse conceito, que pode até ser chocante para alguns, diz respeito à remuneração de cada profissional, seja ele empresário ou funcionário.

Cada pessoa carrega um cartaz invisível no qual está estampado seu próprio valor em moeda. Se pudéssemos ler esses cartazes, eles indicariam um salário mínimo por mês, cinco salários mínimos por mês, dez salários mínimos por mês – ou muito mais.

Quem ganha um salário mínimo por mês acha que não vale mais do que essa quantia. Caso contrário, faria o esforço necessário para ganhar mais. O mesmo acontece com aqueles que possuem um cartaz invisível que indica cinco salários mínimos por mês. Eles veem a si mesmos como pessoas que valem exatamente cinco salários mínimos mensais.

Independentemente do valor que esteja estampado em seu cartaz, tenha certeza de que ele é exatamente o que você merece. Não existe injustiça: você escolhe ganhar o que ganha, porque optou por fazer o que faz, onde faz e receber proporcionalmente por isso. Essa é uma lei universal.

Um caso típico nas empresas, e que nos ajuda a ilustrar esse conceito, é aquele em que um funcionário é estimulado a receber uma promoção se atingir certas metas. Passados alguns meses, quando não há reação alguma por parte do colaborador, a empresa é levada a contratar outro profissional, geralmente por um salário maior.

Por que isso acontece? Porque a pessoa até gostaria de ganhar mais, mas no fundo, em seu cartaz invisível, ela não se julga digna ou merecedora de um valor maior – ou não está disposta a fazer o necessário para aumentar seu valor.

Diante disso, pergunto ao amigo leitor: qual é o valor que está estampado em seu cartaz invisível?

Seja qual for essa quantia, é importante estar ciente de que a capacidade de alterar nossa competência para gerar renda está dentro de nós. Para que isso aconteça, você precisará se mobilizar para aumentar sua renda gradualmente, e não da noite para o dia.

Uma pessoa que tem um cartaz imaginário onde está escrito R$ 1 milhão não chegará a esse montante de uma vez só. No início, você escreverá valores bem inferiores, que trarão a autoconfiança necessária para acreditar que, no futuro, será possível atingir valores mais elevados. Foi exatamente isso o que aconteceu comigo.

Quando comecei a dar aulas, estabeleci um valor invisível em meu cartaz. Na época, tudo o que eu queria era ganhar R$ 10 mil por mês. Eu imaginava que, como professor, se eu chegasse um dia a receber esse valor, seria a pessoa mais realizada do mundo.

Quando finalmente atingi esse patamar, pensei: “será que se eu mudar o valor de meu cartaz para R$ 20 mil, esse conceito também funcionará?”. O tempo passou, e a remuneração do valor invisível se concretizou. Depois disso, estabeleci R$ 50 mil – e também alcancei essa quantia. Durante anos, apliquei esse método em minha vida profissional e obtive muito sucesso.

Esse conceito também se aplica a você. Ao estabelecer um valor para o seu cartaz, você se compromete consigo mesmo a entregar um valor similar para as pessoas com o seu trabalho. O universo vai conspirar a seu favor, e isso fará sua vida financeira mudar. Assim, você verá seu valor invisível se transformar em realidade.

No entanto, somente você poderá alterar sua condição mental e, consequentemente, sua remuneração e prosperidade financeira. Ninguém fará isso para você – nenhum cliente, empresa ou governo.

Faça um exercício prático: coloque em uma folha de papel o valor de sua remuneração atual e a descrição de todas as suas atividades profissionais. Na mesma folha, escreva qual será o novo valor de seu cartaz imaginário e quais são as estratégias para alcançar esse objetivo, determinando um prazo.

Lembre-se de uma lição importante: se você continuar fazendo o que sempre fez, continuará obtendo os resultados que sempre obteve. Se deseja obter resultados diferentes, você precisará fazer coisas diferentes.

As informações deste artigo refletem apenas as opiniões do autor, e não da Pequenas Empresas & Grandes Negócios.