• Natasha Pinelli
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Edifício RB12 (Foto: Divulgação)

Perspectiva da fachada do edifício RB12 (Foto: Divulgação)

A cidade do Rio de Janeiro é conhecida pela sua aura good vibes – aplausos para o pôr-do-sol no Arpoador e altas ondas em Grumari. Portanto, não é de se admirar que o primeiro edifício corporativo com energia positiva do Brasil seja um legítimo carioca.

Ok, não estamos falando exatamente daquele tipo de carga psíquica, mas sim de um projeto sustentável inovador, que dá uma força para deixar o nosso meio-ambiente ainda mais forte e saudável.

Idealizado pelo escritório de arquitetura franco-brasileiro Triptyque, o prédio localiza-se no número 12 da Avenida Rio Branco, daí o nome RB12, e alinha-se ao conceito do maior projeto de revitalização urbana em andamento no Brasil, o Porto Maravilha – operação que vem recuperando e mudando a cara da região portuária do Rio.

Para alcançar esse padrão de sustentabilidade, o edifício de 21 andares passou por um processo de green-retrofit, que envolve uma série de adaptações e melhorias, atendendo assim a diversos requisitos ambientais relacionados ao conforto térmico, a gestão do consumo de água e ao aproveitamento da luz natural.

Dentre as principais soluções arquitetônicas está a fachada bioclimática, composta por um jogo de vidros em zigue-zague. Além disso, o RB12 é o primeiro edifício comercial do Brasil a usar painéis fotovoltaicos, capazes de converter a luz solar em energia elétrica para consumo próprio.

Conheça as principais estratégias ambientais que permitem ao edifício atingir níveis superiores de conforto, sempre mantendo um baixo consumo de energia:

Resfriamento
A temperatura interna é controlada por meio da combinação de vigas frias e ventilação natural, permitindo maior qualidade do conforto térmico e acústico. O paisagismo suspenso nos terraços também auxilia no controle térmico.

Água
Além do uso de torneiras e vasos sanitários de baixo consumo, o edifício possui sistema de captação de águas cinzas. Após tratada, a água é reutilizada para a irrigação dos jardins, eliminando o consumo de água potável para tais atividades.

Iluminação natural
Um cuidadoso desenho da fachada otimizou o uso da iluminação natural. O sistema também utiliza vidros que permitem diferentes níveis de incidência de luz. Já as fachadas receberam brises, dispositivo arquitetônico capaz de impedir a incidência solar direta no interior de um edifício, de dimensões diversas e instalados em posições variadas.

Energia
Possui baixo consumo energético e painéis fotovoltaicos que permitem a produção de energia elétrica. O prédio também pontos para a instalação de células de hidrogênio que permitirá a transformação do gás de rua em eletricidade.