Dívida do Brasil chega a R$ 662 mi na ONU e derruba direito de voto do País

Além das dívidas acumuladas no TPI, o Brasil acumula dívidas na AIEA, na Unesco, entre outros, que já se reflete em em derrotas nas eleições para cargos, além de ter o seu nome excluído do comando de missões de paz e ter a sua credibilidade de potência emergente afetada

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além dos cerca de US$ 6 milhões que tem em dívidas no TPI (Tribunal Penal Internacional), o Brasil acumula dívidas ainda maiores contando todas as agências da ONU (Organização das Nações Unidas), segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Com recursos reduzidos para a política externa, a dívida brasileira com a organização chega a R$ 662 milhões, ou US$ 258,6 milhões, já se refletindo em derrotas nas eleições para cargos, além de ter o seu nome excluído do comando de missões de paz e ter a sua credibilidade de potência emergente afetada. 

De acordo com dados oficiais, o Brasil perdeu seu direito de voto desde o dia 1.º de janeiro de 2015 na AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). O Brasil também já  foi excluído de votações importantes sobre a questão nuclear do Irã, aponta o jornal.

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Além disso, ressalta o jornal, a suspensão do Brasil também pode ter um impacto para os interesses do País.

“Uma vez construídos os submarinos nucleares brasileiros, o governo terá de submeter à AIEA uma proposta de salvaguardas para garantir a proteção dos segredos industriais dos aparelhos. Mas, sem poder votar, não teria como atuar em uma resolução sobre o Brasil. Outro impacto pode ser o corte de projetos da AIEA no Brasil. Para 2016 e 2017, a agência aprovou cinco programas de cooperação nos campos de saúde e agricultura, justamente para desenvolver a tecnologia nuclear nessas áreas. Com a falta de contribuições nacionais, esses projetos devem ser revistos”, destaca.

Além disso, o Brasil perderá seu direito de voto nas decisões da Unesco e na Unido, organização para desenvolvimento industrial. Procurado pelo jornal, o Itamaraty não havia se pronunciado até o fechamento da matéria.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.