Nem bem foi constituído e já pode se dizer que há uma verdadeira corrida para colocar na rua produtos que se caracterizem como microsseguros. Grandes seguradoras e novatas investem em estratégicas específicas para conquistar a população de menor poder aquisitivo. Apesar do baixo valor das apólices, que começam em R$ 4,50 e sugerem coberturas de até R$ 24 mil, as seguradoras estimam que exista um público potencial de 100 milhões de pessoas para esse serviço. Praticamente, metade dos brasileiros está no alvo dessas empresas. Esse número é questionável, já que não há pesquisa específica que indique necessidade ou aderência de todas essas pessoas ao que se pretende vender. Mas o que elas consideram é que o microsseguro cabe perfeitamente no bolso das classes D e E e de boa parte dos que emergiram para a nova classe C nos últimos dez anos, com o aumento de renda e maior índice de empregabilidade no país. "Em seis anos, temos a chance de chegar a 10 milhões de pessoas que terão contratado um seguro pela primeira vez. Daí para frente é questão de tempo até chegar próximo aos 100 milhões", diz Eugênio Velasques, presidente da Comissão de Microsseguros da CNseg, confederação do setor, e diretor da Bradesco Seguros.
Seguradoras fazem aposta forte no microsseguro
Por Roseli Loturco, Para o Valor, de São Paulo — Valor