• Por Adriana Fonseca
Atualizado em
Rafael estava à procura de um negócio online para empreender  (Foto: Divulgação)

Rafael estava à procura de um negócio online para empreender (Foto: Divulgação)

A cunhada de Rafael Guandalini é estilista. Ela tentou ter um e-commerce próprio para vender suas coleções, mas não conseguiu – e acabou pedindo a ajuda dele, formado em propaganda e com pós em administração de empresas, para reerguer o empreendimento. “Ao conversar com meu irmão, vimos que o problema da minha cunhada era o mesmo de diversas amigas dela”, diz Rafael. “Assim como elas, vimos que existiam centenas, milhares de pessoas nessa mesma situação: muito know-how e muita paixão por moda, mas pouco know-how e pouca paixão por e-commerce.” Estava aí a oportunidade.

Rafael conta que estava à procura de um negócio online para empreender já há alguns meses e viu no problema da cunhada a chance de colocar suas ideias em prática.

Dessa forma, ele e o irmão, Gustavo – ambos com experiência empreendedora em um negócio familiar – decidiram investir R$ 500 mil para abrir a Roupas S.A., um marketplace de moda que se propõe a ser um espaço na internet para estilistas talentosos. “Eles precisam se preocupar apenas com a criação e o upload dos produtos, e podem deixar toda a parte de marketing e e-commerce com a gente”, afirma Rafael.

Foram quatro meses de desenvolvimento, até que em dezembro de 2013 o site foi ao ar na forma de projeto-piloto. “Neste segundo trimestre de 2014 estamos prontos para fazer a divulgação oficial do portal”, diz Rafael.

A plataforma trabalha apenas com produtos nacionais e seu foco é vestuário. “Nosso principal diferencial é nosso foco único e exclusivo em moda”, diz Rafael. “Não vendemos caneca, artesanato, abajur, quadro. Acredito que é muito decepcionante para um estilista criar uma coleção com toda a dedicação que ela merece para depois vê-la em um site dividindo espaço com uma caneca. Perde todo o sentido.”

Ele diz que a Roupas S.A. também é bem seletiva no que diz respeito à origem das peças. “Não queremos produtos chineses no portal. Queremos marcas com história e produtos com procedência, para assim estimular os estilistas e o mercado de moda nacional como um todo”, afirma.

Hoje, há 250 lojistas e 7,5 mil produtos cadastrados no portal. Para este ano, a empresa espera conquistar 500 mil usuários e faturar R$ 1 milhão. A receita vem de uma espécie de comissão cobrada pela Roupas S.A. quando uma venda é feita através do site. “O lojista cria gratuitamente a sua loja online no marketplace e repassa 20% do valor em caso de finalização da peça”, explica a empresa. Vale ressaltar que o processo de entrega é todo feito diretamente entre comprador e vendedor.