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    Drones russos invadem Kiev em demonstração de força; presidente chinês deixa Moscou

    Putin recebeu Xi Jinping essa semana na Rússia

    Vista de edifício destruído após bombardeio, em Kiev, Ucrânia
    Vista de edifício destruído após bombardeio, em Kiev, Ucrânia 22/03/2023 Serviço de imprensa do escritório do promotor regional de Kiev/Handout via REUTERS

    Dan Peleschukda CNN

    Kiev

    A Rússia lançou uma série de drones na Ucrânia durante a noite, matando pelo menos quatro pessoas perto de Kiev em uma demonstração de força, no momento em que o presidente da China, Xi Jinping, deixou Moscou com promessas de amizade, mas pouca menção pública à guerra.

    Sirenes soaram pela capital e áreas do norte da Ucrânia e os militares disseram ter derrubado 16 dos 21 drones suicidas Shahed de fabricação iraniana.

    Dois blocos de acomodação e uma instalação educacional na cidade de Rzhyshchiv, ao sul da capital, foram parcialmente destruídos, disse o Serviço de Emergência do Estado no aplicativo de mensagens Telegram.

    Quatro pessoas foram mortas lá e outras ficaram presas sob os escombros. Mais de 100 trabalhadores e 28 veículos foram mobilizados para o local e a busca por sobreviventes continuava.

    “Mais de 20 drones iranianos assassinos, além de mísseis, numerosos incidentes de bombardeios, e isso é apenas a mais recente noite de terror russa contra a Ucrânia”, disse o presidente Volodymyr Zelenskiy no Twitter.

    Em uma aparente referência à visita do líder chinês, acrescentou: “Cada vez que alguém tenta ouvir a palavra ‘paz’ em Moscou, outra ordem é dada para tais ataques criminosos.”

    Receber Xi nesta semana foi o maior gesto diplomático de Putin desde que ele iniciou a guerra há um ano e se tornou um pária no Ocidente.

    Xi e Putin se referiram um ao outro como queridos amigos, prometeram cooperação econômica e descreveram as relações de seus países como as melhores que já tiveram.

    Os dois líderes “compartilham a visão de que esta relação foi muito além do âmbito bilateral e adquiriu importância crítica para o cenário global e para o futuro da humanidade”, informou um comunicado divulgado pela China.

    Ao partir, Xi disse a Putin: “Agora há mudanças que não aconteciam há 100 anos. Quando estamos juntos, conduzimos essas mudanças.”

    “Concordo”, afirmou Putin, ao que Xi respondeu: “Cuide-se, querido amigo, por favor.”

    Xi não especificou as mudanças e pouco falou em público sobre a guerra na Ucrânia, além de dizer que a posição da China era “imparcial”.

    A Casa Branca pediu a Pequim para pressionar a Rússia a se retirar da Ucrânia e encerrar o maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

    Washington também criticou o momento da viagem, poucos dias depois que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra Putin por acusações de crimes de guerra.